10.08.2015

Poder Econômico não deve ser confundido com Abuso de poder Econômico


Muita gente define ‘Poder Econômico’ como se fosse ‘Abuso de Poder Econômico’.
Aqui vamos dar um enfoque diferente onde ‘Poder Econômico’ é fundamentado na evolução dos fatores de produção. 
Como já foi visto, os fatores de produção evoluem sempre.
Recursos humanos (RH) evoluem por desenvolverem pesquisas acumulando o conhecimento que dá poder aos recursos de capital (RK) para desenvolvimento de tecnologia.

A tecnologia facilita a atividade humana que gera mais poder para produzir bens, como exemplo, produtos de informática ou serviços como o poderoso‘Google’, promovendo o atendimento de necessidades humanas e o bem-estar social.

Quanto a recursos naturais (RN), eles necessitam de consciência e informações que quanto mais poder econômico maior será a chance de ter maior sustentabilidade.

Como exemplo, pode ser citada uma unidade produtora de madeira, numa grande área cujas arvores são todas inventariadas com emprego de tecnologia digital (informação).
Há controle de arvores extraídas com relação as que nascem.
Podem até, se achar necessário, aumentar o inventário de espécies extraindo menos do que as que estão nascendo.
Isso ocorre graças à eficiência e o poder da administração.

Infelizmente há muitas pequenas unidades produtoras com baixo nível de consciência e conhecimento (falta de poder) que exploram os recursos naturais de modo predatório.

Outro exemplo é um sistema econômico que dá aos pescadores da Noruega o poder de saber até que quantidade de toneladas de peixes pode ser extraída dos mares em um período.
Veja que o poder econômico está sempre relacionado com a informação. Pois dizem (dito popular) que: detém o poder aquele que detém a informação, e faz uso dela.

Desse ponto de vista, podemos dizer que: Quanto mais evoluídos forem os fatores de produção de um sistema econômico maior será o ‘Poder Econômico’

Abuso de Poder Econômico

Dentro de um sistema econômico pode surgir oportunidades, para uma unidade produtora obter vantagens de quem tem menos poder.
Desse modo podemos entender que abuso de poder econômico é a prática abusiva de um poder e não um conceito.
Exemplo:
- Bancos no Brasil debitam arbitrariamente e de modo constante, nas contas de clientes pequenas taxas.
- O governo pode fazer uso do poder que tem e criar leis que permite cobrar impostos abusivos

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Witer Brasil é consultor em Administração de Empresas com especialização em Marketing e Comunicação.  Como professor leciona Economia, Marketing e Estatística. witerbrasil@gmail.com Fone 31-9116.9123/31-3681.8844
 

10.07.2015

O que é mais importante? A maior economia ou a maior renda per capita?

P/ Wíter Brasil

Vi pela televisão o pronunciamento de um ex-ministro do governo dizendo que o Brasil é a sétima maior economia do mundo, como se isso pudesse justificar o ajuste fiscal para cobrar mais impostos. Diante do fato, fiquei inconformado e a imaginar, será que esse ministro não sabe que mais importante que ser uma grande economia é ter melhor renda per-capta? Ou o seu pronunciamento não era sincero, foi apenas com a  intenção de justificar para o povo suas intensões estratégicas para ganhar confiança partidária de um público desinformado; coisa própria de sua ideologia politica? 

Do que serve um país com grande economia e com tanta gente pobre e muitas obrigações com impostos?

Entendo que existem países ricos cuja economia não é tão grande, mas onde o povo detém boa participação na  renda e países com governo rico, às vezes, sendo idolatrado pelo povo pobre. É o caso de países cujos governos tendem a se perpetuar no poder, conforme tem revelado a história.
Agora vejamos em que lugar o Brasil figura no ‘rank’ dos países por PIB per capita, que define a distribuição de renda?

Acho que uma posição bem distante dos primeiros colocados não é uma situação satisfatória e nem desejável, depois dos 60º. Veja em wikipedia e em outras fontes:



https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal_per_capita


6.04.2015

O GRANDE PAPEL DO MARKETING NA SOCIEDADE



p/Witer Brasil


1 - Limpeza do meio ambiente um compromisso ético.

Para lançar no mercado um produto ou serviço, o Marketing aplica muitas técnicas fundamentadas em princípios científicos motivando consumidores a comprarem e deixá-los emocionados e encantados com o produto comprado.

Até ai está muito bem, as pessoas ficam felizes, consomem mais, as empresas faturam, geram empregos e o governo recebe impostos que são aplicados em obras e serviços, também em beneficio das pessoas.


Mas como tudo tem suas conseqüências, podemos perceber que o ambiente sofre agressões por embalagens de difícil decomposição e muitas vezes confeccionadas com material impossível de ser reciclado.

São poucas as empresas que desempenham suas atividades de Marketing plenamente, que tem consciência, que preocupam com o meio ambiente cumprindo o seu compromisso ético de contribuir para a limpeza e conservação de recursos ambientais. No afã de vender e faturar alto entulham a natureza com residuos de produtos feito para encantar pessoas, pelas pessoas. Nenhuma instrução para o consumidor de como descartar corretamente uma embalagem.

Faltam esforços voltados para o bem estar social (Marketing Social) o que Almeida (2002) chama de ecoeficiência.Apesar de tanta indiferença, existem alguns casos interessantes de empresas, que poderia servir de exemplo para as demais, já com uma mentalidade cultural mais evoluída e imbuída de um espírito de marketing ecoeficiente. Além de que, isso já deveria ser uma filosofia do próprio marketing em todas empresas do mundo para manter a limpeza e equilíbrio do meio ambiente.

A revista de negócios Exame (24 de maio de 2006, pg. 99) publicou a seguinte noticia:
“A HP está levantando a bandeira de que as empresas de eletroeletrônicos devem ser responsáveis pelos seus produtos depois que os consumidores os jogam no lixo. Em 2005 a HP recolheu mais de 2,5 milhões de equipamentos – parte deles doados ou vendidos no mercado de produtos usados – e reciclaram mais de 70 mil toneladas de sucata. Seu programa de reciclagem é o maior do mercado de eletrônicos”.

 A responsabilidade, pelos produtos ou embalagens após o uso, propõe ser uma questão óbvia das empresas, já que a criação dos materiais geradores dos problemas de impacto ambiental é do próprio marketing. Almeida (2002, pg. 119) cita um interessante caso da Interface Fooring Systems, maior fabricante de tapetes e carpetes comerciais do mundo:
Essa empresa já conseguiu evitar que mais de dois milhões e quinhentos mil metros de carpetes aumentassem os depósitos de lixo. Destes, um milhão de metros deixaram de ser jogados na natureza só no ano 2000. Essa marca foi alcançada graças a um criativo programa de reaproveitamento, que a empresa oferece como um serviço para os clientes. Por meio desse serviço, batizado de ReEntry a Interface se compromete a pegar de volta o carpete após um determinado período preestabelecido com o próprio cliente no momento da compra. E responsabiliza pela gestão do final de sua vida útil.

Casos semelhantes são utilizados pelos fabricantes de pilhas e baterias que também se responsabilizam pelo destino dado aos seus produtos quando perdem a utilidade para seus consumidores. A empresa Monsanto fabricante do herbicida “Roudup” vende esse produto com o compromisso de ter a embalagem devolvida após o produto ser consumido.A grande diferença, no caso, é que esses são exigidos por lei, por causa da toxidade de componentes usados na fabricação.  A interface e outras empresas já fazem isso voluntariamente se credenciando ao Marketing de ecoeficiência. Há ainda, citações populares de uma empresa, fabricantes de tênis nos EUA, que paga em dólar o valor correspondente às despesas de correios para devolução à fábrica do tênis quando o consumidor achar que deve ser descartado. Existem muitos casos esporádicos de empresas que já podem ser consideradas ecoeficientes, contudo para reduzir o volume gigantesco de materiais descartados em lixões, os casos existentes são insignificantes e apenas bons exemplos de um padrão desejável.  

2 - Preservação dos Recursos Naturais (Sustentabilidade) Ficar sem explorar a natureza, de maneira radical, como defende algumas ONG’s, é praticamente impossível. O homem necessita dela para a sua sobrevivência. Por isso, é importante desenvolver uma educação ambiental que conscientizem pessoas a explorar a natureza com respeito e racionalidade. 

 Arendt (1906-1975) “A Natureza é a única testemunha o tempTer respeito à natureza significa entender a gratidão que devemos ter pelo que ela permite a existência de nossa vida.  o todo, de nossa existência nesse mundo”. Explorar a natureza com racionalidade é a necessidade urgente que os setores (Governo; ONG’s e Empresas) com a criatividade das suas áreas de marketing, precisam desempenhar orientando e fiscalizando com eficiência, projetos bastante apropriados de recuperação de áreas exploradas. O jornalista Marcelo Leite, citado por Bernardo Esteves no site (http://ich.unito.com.br/3935), explica que a exploração racional de florestas, por exemplo, é um interessante negócio para as empresas e que a floresta não está ai para ficar intocável para sempre. Ele mostra que a extração sustentável de madeira é 35% mais rentável que a predatória. Isso porque "Danificando menos a mata, sobretudo árvores mais jovens, e também preservando árvores adultas de menor qualidade para que continuem a reproduzir-se, o manejo florestal garante uma reposição mais rápida da madeira com valor comercial", explica Leite.

Um interessante caso de sustentabilidade, e excelente negócio para as empresas é colocado, também,  por Almeida (2002, p.92 a 93).

Quatro empresas brasileiras fazem parte do Índice Dow Jones de sustentabilidade, o índice bolsista criado em 1999 para ajudar investidores internacionais em busca de ações diferenciadas no mercado e privilegiar empreendimentos que aliem solidez e rentabilidade financeira a uma postura de ecoeficiência e responsabilidade social. A Cemig, os bancos Itaú e Unibanco e a Embraer integram o seleto grupo internacional de 312 empreendimentos escolhidos em 2001 para compor o índice. Para fazer parte do índice Dow Jones de sustentabilidade [...] as empresas são submetidas a uma rigorosa seleção. Na ultima analise, 2500 empreendimentos de 26 paises foram avaliados. Os que passam no teste sinalizam aos investidores que sua capacidade de gerar mais lucros em longo prazo para os acionistas está associada a uma filosofia de desenvolvimento sustentável. A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) é um dos empreendimentos brasileiros escolhidos por dois anos consecutivos. Como resultado da exposição do seu nome em revistas financeiras especializadas, a empresa comemora um número cada vez maior de consultas de investidores do exterior. [...] contribuíram para a inclusão da empresa mineira no DJSI a produção anual de um milhão de alevinos para repovoamento dos reservatórios de suas hidroelétricas [...].

3 - Conclusão - aspectos culturais e hábitos no descarte de resíduos
Para concluir esse trabalho, foi necessário a coleta de dados primários para entender e confirmar o suposto de como as pessoas descartam seus resíduos úmidos e sólidos. Usando técnica de observação em cozinhas de apartamentos e casas onde foi possível o acesso para esse trabalho, sempre que surgia a oportunidade e em dias diferentes, no espaço de quatro meses. Foram obtidos resultados, com uma amostragem, praticamente padrão em 22 casos observados. Isto é, mais de 99% das pessoas tendem a descartar papéis, plásticos, metais e vidros, misturando-os aos resíduos úmidos que deveria ter um destino totalmente diferente, fabricando assim o verdadeiro lixo. Na lixeirinha onde deveria ser apenas de resíduos úmidos ou orgânicos, foram encontrado embalagens de plásticos de frango, embalagens de biscoitos e até latinhas de refrigerantes.

Resíduos Úmidos: são restos de alimentos que descartamos para o seu preparo ou quando é feita a limpeza de panelas e restos de frituras. É aquele material que fica no ralinho da pia quando lavamos a louça e que é descartado corretamente na lixeirinha. Esse é um material orgânico de origem animal ou vegetal que pode ser facilmente devolvido a natureza, de onde veio, em forma de adubo e altamente conveniente ao meio ambiente. Seu destino deve ser a compostagem e não aos lixões. Resíduos Sólidos: pode ser entendido por todo material que geralmente vem da indústria assim como, plásticos, papeis, metais e vidros (ppmv). É preciso entender que esse material não é lixo. Vidro não é lixo, papel não é lixo, metal está longe de ser lixo e plástico muito menos. Trata-se de um material reciclável que deve ser devolvido a indústria e por isso não deveria ser misturado aos resíduos úmidos. Podemos também, concluir que quando é jogado um pedaço de papel ou plástico em uma lixeirinha de resíduos úmidos, ai sim, está sendo feito lixo e tirando a condição de que a coleta seletiva se realize com eficiência.

Outra conclusão é que as pessoas não estão sendo conscientizadas e nem adquirindo educação ambiental. Um verdadeiro exemplo da falta de educação e conscientização foi resultado de observação feita em recipiente para coleta seletiva em escolas e em Shoping’s de Belo Horizonte, locais onde se supõe ser freqüentado por pessoas com nível de educação considerável. Nos recipientes destinados a papéis foram encontradas embalagens de iogurte, outros tipos de plásticos, resíduos de sanduíches. No recipiente disponível a tudo em comum, não tem como fazer coleta seletiva e conseqüentemente, por não plásticos foram encontrados papeis, vidro etc.

Dessa forma, sem nenhuma seleção e como se fosse conseguir uma escala de volume viável economicamente, a atividade pode até ser inviabilizada.A solução para problema desse tipo parece mais adequada a um esforço de comunicação através de formadores de opinião, como o marketing das grandes redes de televisão, expondo exemplos de procedimentos corretos no descarte dos resíduos em novelas, por celebridades. Essa estratégia já se confirmou ser eficiente para gerar hábito, como no deuso do cinto de segurança nos carros.   

Uma comunicação com mais ênfase através das próprias embalagens, orientando o consumidor a descartartá-las também seria uma forma de contribuição desejável e até conveniente ao marketing. Desse modo podemos entender que um grande problema não é a reciclagem ou coleta seletiva e sim o “Descarte Seletivo” principal gerador dos grandes lixões. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA: SILVA, Carlos Eduardo Lins de.Ecologia e Sociedade. São Paulo: Loyola, 1978.ALMEIDA, Fernand. O Bom Negocio da Sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira 2002.FILIPPI JÚNIOR, Arlindo. (Org). Saneamento do Meio. São Paulo:Fundacentro, Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Publica, Depto. De Saúde Ambiental, 1992.BERTON, Ronaldo S. Valadares ( é umnome só? São dois autores?). Potencial Agrícola do Composto de Lixo Urbano. São Paulo: O Agronômico, 1991.INSTITUTO GEA, (http://www.institutogea.org.br/26.htm)

Rev. Exame, p. 99 – maio. 2006

(www.lixo.com.br), Pólita Gonçalves e Roberto Ibárgüen(http://images.google.com.br/imgres), Andréa Cusatis, engenheira florestal do Núcleo de Recuperação de Áreas Degradadas do Ecossistema. (http://www.cecae.usp.br)(http://ich.unito.com.br/3935), Marcelo LeitePublifolha (coleção Folha Explica), 2000.Arendt, Annah. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. 

5.13.2015

A Discriminação é de Valores ou de Etnia? (Rolezinhos tem várias etnias)

Witer Brasil
20/01/2014


Será que os conflitos sociais que vem acontecendo, são vistos como reações de ‘preconceitos raciais’, são realmente de raça? Posso estar equivocado, mas isso deve ser muito diferente da opinião de gente que aparece nos noticiários dando explicações apaixonadas sobre o que esta acontecendo e alegando ser ‘preconceito de raça’, de quem rotulam de elites sociais. Talvez, porque não tem um ideal mais interessante e mais logico para se preocupar.
A principio a expressão raça, para seres humanos, nem é mais ultimamente utilizada; vejam o que foi originado do projeto genoma e publicado em wikipedia.org:
"desde que se utilizaram os métodos genéticos para estudar populações humanas, essas classificações e o próprio conceito de "raças humanas" deixaram de ser utilizados,2 , persistindo o uso do termo apenas na política, quando se pede "igualdade racial" ou na legislação quando se fala em "preconceito de raça", como a lei nº 12.2883 , de 20 de julho de 2010, que instituiu, no Brasil, o “Estatuto da Igualdade Racial”. Um conceito alternativo e sinônimo é o de "etnia".
 
São os valores que contam e não a etnia
Imaginem se Barack Obama visitasse um shopping qualquer, apesar de ser negro, posso garantir que não seria discriminado,  pelo contrario, penso que poderia ser até recebido com atenção especial. O mesmo não se pode garantir sobre a visita de um bandido tatuado, de qualquer etnia, vestindo fora dos padrões sociais, que não sabe respeitar a presença de outras pessoas, irreverente e mal educado.
Mandela foi por muitos anos discriminado, mas quando seus valores foram reconhecidos passou a ser influente e respeitado. O presidente do supremo tribunal federal, com muito mérito, Joaquim Barbosa é outro exemplo de brilhante cidadão brasileiro, posso apostar que não será discriminado em momento algum por causa de sua etnia. Pelé, que tanto permanece em evidencia, dispensa comentários. Assim, podemos concluir que discriminamos valores e não etnias. 
 
Choque de valores
Rolezinhos, no inicio, era para ser um movimento disciplinado, sem ofensas, respeitador e dentro de princípios saudáveis. Infelizmente foi afetado por um fenômeno sócio cultural que se pode entender por ‘choque de valores’. Surgiu na tribo outras tribos. Semelhantes como, mas trazendo comportamento e sentimentos diferentes.  Algazarra, bagunça e pertubação da ordem publica são consequências quando isso acontece.
 
Identificação através de aparência

Se faltar informação sobre determinadas pessoas a aparência poderá ser a sua identificação. Entendendo que a aparência faz parte dos valores de um jovem do ‘rolezinho’ e se identificar como garoto indesejável mesmo não sendo, poderá com certeza ser discriminado. Assim, a culpa recai sobre ele mesmo, pois definiu a forma, não verdadeira, de exibir seus valores para  outros ambientes com padrões sociais diferentes.
É o caso de Vinícius Romão, estudante de psicologia, preso por 16 dias por ser confundido com o verdadeiro assaltante. Ele assumiu um visual com valores semelhantes ao do verdadeiro bandido. Do mesmo modo, se o assaltante fosse branco e de olhos azuis e Vinícius também, branco e de olhos azuis, poderia do mesmo jeito ser confundido. 

Esse fenômeno social sempre vai existir. Enquanto houver desigualdades sociais e diferença de valores, enquanto houver no Brasil a permanência das gerações ‘nem nem’ (aqueles que não trabalham e nem estudam e do ponto de vista econômico representa um custo muito alto para a sociedade brasileira, pois se trata de recursos humanos que não produz e gera malignas despesas com envolvimento de drogas, para quem trabalha e paga impostos) e o grande responsável por isso é com certeza, a falta de edução.

É evidente que qualquer pessoa, com boa sanidade mental, é a favor de ordem disciplina, respeito, e quando providencias para que isso possa ser garantido, aparecem os indesejaves e talvez desocupados, para dizer que está havendo discriminação. Fazem isso justificando que é democrático sem saberem que estão manchando a democracia por falta de ética. É triste ver tanta gente que não quer ver o que é justo e sensato a fazerem manifestações incivis. 

Todos os problemas sociais e econômicos, geração de culturas e movimentos bizarros, infundados e que vivenciamos, são todos fundamentados na falta de educação com qualidade.



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Witer Brasil é consultor em Administração de Empresas com especialização em Marketing e Comunicação.  Como professor leciona Economia, Marketing e Estatística. witerbrasil@gmail.com Fone 31-9116.9123/31-3681.8844  

4.29.2015

Não há coleta seletiva de lixo se o descarte não for seletivo

Segue trecho final do artigo O GRANDE PAPEL DO MARKETING NA SOCIEDADE   p/Witer Brasil – público na internet

[...]Aspectos culturais e hábitos no descarte de resíduos
Para concluir esse trabalho, foi necessário a coleta de dados primários para entender e confirmar o suposto de como as pessoas descartam seus resíduos úmidos e sólidos. Usando técnica de observação em cozinhas de apartamentos e casas onde foi possível o acesso para esse trabalho, sempre que surgia a oportunidade e em dias diferentes, no espaço de quatro meses. Foram obtidos resultados, com uma amostragem, praticamente padrão em 22 casos observados. Isto é, mais de 99% das pessoas tendem a descartar papéis, plásticos, metais e vidros, misturando-os aos resíduos úmidos que deveria ter um destino totalmente diferente, fabricando assim o verdadeiro lixo. Na lixeirinha onde deveria ser apenas de resíduos úmidos ou orgânicos, foram encontrado embalagens de plásticos de frango, embalagens de biscoitos e até latinhas de refrigerantes.

Resíduos Úmidos: são restos de alimentos que descartamos para o seu preparo ou quando é feita a limpeza de panelas e restos de frituras. É aquele material que fica no ralinho da pia quando lavamos a louça e que é descartado corretamente na lixeirinha. Esse é um material orgânico de origem animal ou vegetal que pode ser facilmente devolvido a natureza, de onde veio, em forma de adubo e altamente conveniente ao meio ambiente. Seu destino deve ser a compostagem e não aos lixões.

Resíduos Sólidos: pode ser entendido por todo material que geralmente vem da indústria assim como, plásticos, papeis, metais e vidros (ppmv). É preciso entender que esse material não é lixo. Vidro não é lixo, papel não é lixo, metal está longe de ser lixo e plástico muito menos. Trata-se de um material reciclável que deve ser devolvido a indústria e por isso não deveria ser misturado aos resíduos úmidos. Podemos também, concluir que quando é jogado um pedaço de papel ou plástico em uma lixeirinha de resíduos úmidos, ai sim, está sendo feito lixo e tirando a condição de que a coleta seletiva se realize com eficiência. Outra conclusão é que as pessoas não estão sendo conscientizadas e nem adquirindo educação ambiental. Um verdadeiro exemplo da falta de educação e conscientização foi resultado de observação feita em recipiente para coleta seletiva em escolas e em Shoping’s de Belo Horizonte, locais onde se supõe ser freqüentado por pessoas com nível de educação considerável. Nos recipientes destinados a papéis foram encontradas embalagens de iogurte, outros tipos de plásticos, resíduos de sanduíches. No recipiente disponível a plásticos foram encontrados papeis, vidro etc. Dessa forma, sem nenhuma seleção e como se fosse tudo em comum, não tem como fazer coleta seletiva e conseqüentemente, por não conseguir uma escala de volume viável economicamente, a atividade pode até ser inviabilizada.

A solução para problema desse tipo parece mais adequada a um esforço de comunicação através de formadores de opinião, como o marketing das grandes redes de televisão, expondo exemplos de procedimentos corretos no descarte dos resíduos em novelas, por celebridades. Essa estratégia já se confirmou ser eficiente para gerar hábito, como no de uso do cinto de segurança nos carros.   Uma comunicação com mais ênfase através das próprias embalagens, orientando o consumidor a descartartá-las também seria uma forma de contribuição desejável e até conveniente ao marketing. Desse modo podemos entender que um grande problema não é a reciclagem ou coleta seletiva e sim o “Descarte Seletivo” principal gerador dos grandes lixões.[...]

[...] Não há coleta seletiva se o descarte não for seletivo
Infelizmente não tem visto, por parte das instituições governamentais, escolas e a própria imprensa, indicação para a sociedade como fazer o descarte de resíduos da maneira correta e conveniente, e quando diz, tem sido de modo que não atinge o essencial da questão.

Na maioria das escolas, shoping’s, locais públicos de grande movimento, normalmente existem recipientes para coleta seletiva com indicação para: papéis, vidros, plásticos, metais etc.; mas se verificarmos, na maioria desses locais, vamos entender que muita gente ainda não seguem as indicações para o destino correto do que descartam. Desse modo, podemos constatar que não haverá coleta seletiva porque o descarte dos materiais foi totalmente aleatório. Tudo misturado.

Grande maioria dos jovens, infelizmente, ainda não adquiriu a consciência para a necessidade de evitar a formação de lixo.

Caso haja esforços no sentido de orientar as crianças de hoje para procedimentos mais aprimorados, com expectativa de mais cuidado com a natureza, com formação de mentalidades voltadas para o aproveitamento dos orgânicos em compostagens, se ficarem atentos para o descarte seletivo como comportamento padrão, no futuro as próximas gerações serão mais gratificadas e a natureza provavelmente será mais generosa, as pessoas mais felizes, mais civilizadas e merecedoras do planeta em que vivem.

Cabem a todas às escolas e principalmente as de primeiro grau, onde normalmente são iniciados muitos hábitos culturais e que são também formadoras de opinião, dar mais importância ao assunto.


5 - Compostagens
Existem várias técnicas para fazer o composto orgânico dependendo do local e condições do ambiente: Em sítios, casas com quintal, apartamentos (condomínio)

Em sítios e ou Fazendas as compostagens são feitas quase sempre em forma de aterros e recebem, alem dos materiais gerados no próprio sitio, ‘resto-ingestus’ de restaurantes das cidades próximas que são usados para tratamento e engorda de suínos ou colocado para decompor. (ver compostagem em técnicas agrícolas)

Em casas residenciais, geralmente tem um quintal onde pode ser preparada uma pequena compostagem, suficiente para atender o descarte de orgânicos. Aquele material que é depositado na lixeirinha próximo a pia da cozinha. É importante que os moradores e quem faz o descarte para essa lixeirinha não deixe ser colocado nela outro tipo de material que não seja orgânico, como, por exemplo, plásticos, toco de cigarros, tampinha de garrafas, embalagem plástica de frango etc.

Em apartamentos, quase sempre há uma administração do condomínio. O espaço reservado para fazer a compostagem deve ser criado, pelo administrador, do tamanho proporcional ao número de apartamentos do edifício. Edifícios de apartamento em construção deve ser inserido no projeto área reservada para compostagem. O composto gerado poderá ser usado nos próprios jardins do edifício. Caso isso não seja possível, pode como alternativa, fazer um tratamento dos orgânicos misturando um pouco de terra, para evitar mau cheiro, e retirar diariamente para um local em zona rural onde exista uma compostagem (atividade comercial) que possa receber material de diversos lugares para decompor. Vejam técnicas de compostagens no site cujo endereço segue:
  
http://casa.hsw.uol.com.br/compostagem.htm 
Experiência de quem procede ao descarte sem orgânicos, indica que o material descartado é geralmente limpo e isento de mau cheiro, o que evita o ataque de animais e torna a coleta mais eficiente.

Os orgânicos representam uma percentagem muito pequena, mas muito útil para a compostagem e importante para não fazer lixo.

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Praticamente não há lixo quando o descarte é seletivo e os orgânicos encaminhados para compostagens.


Lixo Urbano, um problema grave e invisível ao público

4.01.2015

Lei das Consequências não intencionais em economia

Por 
Wíter Brasil
30/03/2015

O filósofo Inglês John Adams apontou a lei das consequências não intencionais originalmente no campo da economia, mas ela também se aplica a outros aspectos da vida.
Afirma simplesmente que ações e políticas levadas a cabo por pessoas, organizações e governo têm consequências inesperadas, gerando no mundo todo grandes surpresas, fiascos e frustrações. Desse modo, resultados inesperados não podem ser, em hipótese nenhuma, descartados.
Muitas vezes as consequências são maiores do que o problema que se intenciona resolver.

Consequência positiva  
Consequências não intencionais podem ser benéficas.
Adam Smith apontou o exemplo do açougueiro que fornece aos seus clientes a carne necessária, não porque é benevolente, mas porque tem que ganhar a vida. A consequência não intencional positiva é que os clientes do açougueiro se alimentam, tenham boa saúde para continuar sendo seus clientes.

Certa vez um pequeno empresário contraiu um empréstimo bancário para ser pago com prestações em longo prazo. Depois de algum tempo, houve uma mudança na politica monetária do país que fez sua divida com o banco cair para um valor muito pequeno. Essa consequência não intencional positiva permitiu quitar a divida toda de uma só vez.

Consequência Negativa
Consequências não intencionais podem ser prejudicial.
Muitos efeitos de uma determinada ação realizada pelo governo ou uma organização pode ter a intensão de consequências visuais positivas.
Contudo, o governo pode começar um programa que crie milhares de empregos, e as consequências não intencionais para essa ação podem surgir, com a exigência de mais impostos, tirando dinheiro das empresas que operam de forma competente.

Com a intenção de beneficiar famílias com baixa renda, o governo criou o ‘bolsa família’. Porem, muitas delas com baixo nível de educação e responsabilidade suficiente para educar os filhos, passam a eles as consequências não intencional de deixá-las sem escolas e sem trabalho. Consequentemente aprendem usar drogas, e muitas vezes ingressam no mundo do crime.

Há registros em redes sociais de que algumas empresas do nordeste brasileiro deixaram de funcionar por falta de mão de obra ou não conseguiram instalar-se. Verificou-se que o ‘bolsa família’ satisfaz as necessidades das pessoas que não precisam mais trabalhar. É provável que essa não fosse a intenção

O não conhecimento das consequências
Segundo Library of Economics and Liberty as pessoas não prestam atenção às consequências não intencionais por muitas razões. Algumas simplesmente não sabem nada sobre elas, outras fazem um cálculo incorreto, o que faz com que prevejam as consequências da ação econômica de forma errada.
Ainda segundo Library of Economics and Liberty algumas pessoas sabem sobre as consequências não intencionais, mas se importam somente o suficiente para evitar se aborrecerem com elas.

Outras Áreas
De acordo com o site Econoclass, a lei das consequências não intencionais não ocorre apenas no campo da economia.
Por exemplo, dizer às crianças para não falar com estranhos pode inadvertidamente fazer com que elas sejam resistentes à ajuda de adultos quando se perderem ou se machucarem, já que os adultos podem ser estranhos.
Outro exemplo são as leis de cinto de segurança, que provocam um aumento no número de mortes de pedestres e ciclistas, pois os cintos dão aos motoristas uma falsa sensação de segurança, fazendo com que dirijam de forma mais imprudente.

O inesperado, também, acontece (Veja essa parábola)
Uma determinada família tinha uma única vaquinha que produzia leite para o sustento. Um sábio mandou matar tal vaquinha. Essa família sentiu na obrigação de reestruturar o seu modo de vida, que permitiu a partir dai, prosperar admiravelmente.

Importantes Cuidados para tomada de Decisões
A lei das consequências não intencionais em economia, sugere que nossas decisões nem sempre nos leva aos objetivos e consequências que desejamos.
Um dito popular diz: De boas intensões o inferno está cheio. Esse mito confirma o que vem cumprindo a lei, principalmente, quando as decisões são tomadas desprotegidas de maiores cuidados.

É o que ocorre na maioria das vezes, segundo
Library of Economics and Liberty.
É prudente saber que não devemos desprezar a força da logica e o raciocino, necessários para a tomada de decisões, mesmo sabendo que as decisões eventualmente virão com resultados inesperados.
É assim que as instituições e grandes organizações tomam decisões.
Os resultados vão depender principalmente da eficácia e cuidados que adotam para aplicar os critérios da tomada de decisões.

Uma das praticas mais simples e usualmente utilizada é a observação no que tem dado certo ou errado com o procedimento alheio e com nos mesmo.
Empresas estão constantemente refazendo ‘planos operacionais’ através do clássico PDCA que tem por objetivo estar sempre ajustando procedimentos que não deram certo.
Esse modo de ver as coisas tem mostrado ser eficiente e explica o sucesso das franquias. Empreendedores prudentes preferem dividir seus lucros em um negocio que já ficou comprovado que deu e continua dando certo.

O mercado de franquia, no Brasil, continua em franca expansão. Fechou o primeiro trimestre de 2014 com crescimento de 10% no faturamento, comparado ao mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 26 bilhões e criou 1,5 milhão de vagas de empregos diretos.                                 
Isso prova a força de uma idéia e procedimento prudente, onde demonstra a importância de Fazer o que os outros já testaram e deu certo.

Uma postura técnica para tomar decisões
Para ajudar os gestores na tomada de decisão, diversas técnicas foram desenvolvidas. Contudo, elas não garantem resultados seguros, pois o processo para tomar decisões é uma atividade humana (sujeito a emoções). As técnicas ajudam os administradores apenas minimizar a margem de erro nas decisões a serem tomadas. 
O processo decisório consiste em cinco fases:

  1. Identificação do problema
  2. Diagnóstico
  3. Geração de alternativas
  4. Escolha da melhor alternativa
  5. Avaliação da decisão.
Identificação do problema ou oportunidade
Problemas sempre existem.
Se alguém disser que não, então está errado.
Muitas vezes, a maior parte dos problemas passa por nos despercebidos.

Diagnóstico
O diagnostico é a fase em que se analisa a situação, identificando ameaças e oportunidades, causas e conseqüências. (Análise SWOT)
Porem, algumas situações, se apresentam sem a necessidade de um estudo mais profundo. Já em outras situações, exige-se uma pesquisa mais detalhada do problema.

Geração de alternativas
O próximo passo é gerar alternativas decisórias que solucionem o problema.
Em algumas situações, as soluções são facilmente visualizadas, podendo vir juntamente com o problema. Já em outras, exigem-se soluções inovadoras.

Escolha de uma decisão
As alternativas para tomada de decisão são comparadas, julgadas e avaliadas, para depois definir a melhor alternativa.

Avaliação da decisão 
Completando o ciclo, após ter sido identificado o problema, diagnosticado, geradas alternativas e definido a melhor decisão, é fundamental que seja feita uma avaliação das decisões tomadas. Tal avaliação pode gerar outro processo decisório, reiniciando o ciclo.  

Não se esqueça de que em economia, por mais lógica que seja as decisões, os resultados, poderão ser inesperados.




Bibliografia
  Drucker, Peter Ferdinand, Administração, tarefas, Pioneiras, São Paulo – 1909
  Library of Economics and Liberty
  http://www.ehow.com.br/consequencias-intencionais-economia-lista_276143/
  https://www.youtube.com/watch?v=m7YYjQ9Wws8
  http://www.josebaldaia.com/intuinovare/tag/consequencias-nao-intencionais.


3.31.2015

O dinheiro é Público ou dos Contribuintes.? Eis uma questão?

Por
Witer Brasil
29/03/2015

Certa vez, assistindo uma reportagem de TV americana, o repórter fazia referencia a um gasto que o governo havia feito com o dinheiro dos contribuintes para a compra de aviões.
O tom da mensagem me pareceu que havia certo respeito aos dólares gasto porque se tratava de dinheiro dos contribuintes.

Fazendo uma comparação com as reportagens que estamos acostumados  ver,  aqui no Brasil, traz uma conotação bem diferente, quando se diz que o dinheiro é público.
A gente vê e ouve o tempo todo parlamentares de todo o Brasil incluindo comunicadores da imprensa (grandes formadores de opinião) falando em dinheiro público. Fiquei então a imaginar. Aprendi que coisa pública é de uso comum das pessoas.

Assim passei a imaginar também, que tanto desrespeito ao dinheiro dos contribuintes e de acionistas de grandes empresas, onde o governo tem participação acionaria, se deve ao fato de acharem que é de uso comum dos partidos; de quem teve mais votos; que por isso tem mais direito a fazer como querem com o dinheiro dos contribuintes ou acionista etc. 

Do meu ponto de vista, salvo esteja enganado, as contribuições poderiam ser consideradas públicas somente depois que passassem a ser transformadas em bens públicos, de uso comum do povo.

Dizer de uma forma ou de outra, recurso de nossa língua e cultura, faz diferença e influencia dando uma conotação equivocada. Precisamos considerar que o nível de instrução de grande parte da população, incluindo parlamentares, ainda não tem, infelizmente, o discernimento apurado para entender que Dinheiro Público na verdade é dinheiro dos contribuintes, exigente de respeito para ser administrado.