2.27.2020

Hoje senti uma vontade enorme de chorar, por causa de um tacho de cobre além do tempo.

Witer Brasil
22/11/2015

Quando minha mãe era viva, lembro-me dela com uma preocupação enorme em nos presentear com um tacho de cobre.
Não entendia bem esse proposito, pois não imaginava nenhuma utilidade que viesse a ter para nos, naquela época, um simples tacho que justificasse aquela vontade indômita de nos presentear; pois dizia ela que não morreria tranquila caso não conseguisse um tacho de cobre para nos deixar como lembrança. Mas, devo dizer também que nunca fizemos descaso de sua intensão.
 
Antes de vir a falecer chegou a fazer certo sacrifício viajando a procura de um acampamento de ciganos onde fabricavam artesanalmente esses tachos, até encontrar o presente que queria nos deixar como seu estranho legado.
 Ao decorrer mais de 30 anos, agora temos em casa alguns pés de tamarindo e para não deixar esperdiçar, costumamos fazer geleia dos frutos para consumo próprio, vender, ocupar o tempo e que tem ainda ajuda nas nossas despesas básicas.

Hoje, quando estava num fogão apurando uma pasta de tamarindo, lembrei-me de minha mãe, já falecida. e então senti uma vontade enorme de chorar; Isso porque ao estar manuseando um pequeno e deficiente tachinho de cobre percebi a necessidade de um tacho maior e que permitisse maior produtividade para produção das geleias de que estava fazendo, igual aquele que havíamos ganhado de minha mãe quando ainda era viva. Foi quando tomei consciência de que havia ganhado um tacho de cobre para ser usado somente agora, nos dias de hoje, e agora infelizmente não o temos mais.

Confesso que fiquei um tanto intrigado, meio assustado e impressionado com coisas que não sei como explicar, e, fiquei a questionar:
 Que estranha intuição teve a minha mãe?
Que pode haver mais que uma grande coincidência?
Que vontade compulsiva e como ela achava que um dia eu, além do tempo, iria precisar de um tacho de cobre?

Agora entendo que aquele legado foi um presente oferecido com amor, dedicação e até certo sacrifício. Por isso era uma coisa abençoada que jamais poderia ser passado para frente. Fica assim, meu remorso, tristeza e sentimento de culpa pela nossa ingratidão. Que ela, onde estiver, nos perdoe.

2.26.2020

Medindo o grau de satisfação

Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por tradição em sua frente um lindo gramado e diversos jardineiros autônomos para fazer aparos nestes jardins.

 Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa americana contratou um destes jardineiros. Chegando em sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade, mas como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço, mesmo estando indignado com a pouca idade em questão.

 Quando o garoto já havia terminado o serviço, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone da casa, e foi prontamente atendido. Contudo, o executivo não pode deixar de ouvir a conversa.
O garoto havia ligado para uma senhora e perguntava:

 - A senhora está precisando de um jardineiro?
 - Não. Eu já tenho um - respondeu.
 - Mas além de aparar, eu também tiro o lixo.
 - Isso o meu jardineiro também faz.
 - Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço - disse ele.
 - Mas o meu jardineiro também faz isso...
 - Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
 - O meu jardineiro também me atende prontamente!
 - O meu preço é um dos melhores.
 - Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom. Desligando o telefone, o executivo disse a ele:

 - Meu rapaz, você perdeu um cliente.
 - Não - respondeu o garoto. - Eu sou o jardineiro dela; estava medindo o quanto ela estava satisfeita com o meu serviço.


Autor desconhecido